29 novembro 2006

Festa da Língua Portuguesa - Feedback


por Elóide Kilp

29.11.2006, 18.30 horas


Embora o Dia Nacional da Língua Portuguesa seja celebrado anualmente em 5 de novembro, neste ano o Departamento de Estudos Românicos – Português dedicou uma noite inteira para o idioma português. A Noite da Língua Portuguesa , entre os muitos atrativos, contou com a presença do filólogo Prof. Dr. Messner que proferiu uma palestra intitulada "A Língua Portuguesa e nós". Os convidados tiveram a oportunidade de conhecer o jornal online Folha de Salzburg, o grupo de capoeira Abadá-Salzburg, a exposição O Tempo da Língua e fizeram um passeio pelos países onde se fala português através da exibição do filme Língua: vidas em português de Victor Lopes. No intervalo, foi a vez dos convidados conversarem em português e degustarem as delícias luso-brasileiras!

26 novembro 2006

Primeiro estudante de convênio da UFRJ na cidade de Mozart

por Csilla Banfoldy

Rio de Janeiro - Salzburg

Rafael, primeiramente, seja bem-vindo a Salzburg, como primeiro estudante do intercâmbio de nossa Universidade com a UFRJ, na área de comunicação e Romanística. De onde você vem?
Obrigado, eu me chamo Rafael Mattos, venho do Rio de Janeiro, estudo comunicação com habilitação em Rádio e TV na UFRJ. Tenho 20 anos, venho de uma família com descendência alemã. Meus avós são do sul do Brasil. Estudo alemão faz um ano e meio e gosto muito. Acho até fácil. Acho até que para um austríaco aprender português seria mais difícil. Temos mais verbos, milhões de excessões, etc...
Então você acha que alemão é mais matemático?
Sim, exatamente!
Conte-nos o que o levou, ou melhor o trouxe para estudar na Áustria?
Ao informar-me no Departamento de Relações Internacionais da UFRJ, sobre um país de fala alemã, constatei que a Áustria, minha segunda opção é que seria víavel; pois só ela tinha intercâmbio. E agora estou bem feliz, por as coisas terem dado certo dessa forma.
Não dá para comparar Rio de Janeiro/Brasil com Salzburg/Áustria, pois são cidades completamente diferentes. Mas conte-nos sobre as suas primeiras impressões de Salzburg.
Fiquei bastante surpreso, pois não conhecia, e imaginei-a menor.
Fale-nos um pouco sobre o intercâmbio. Quanto tempo durou o processo todo? Teve muita burocracia?
É, na verdade sim. O processo todo começou em maio. O primeiro passo foi enviar uma carta para a Universidade de Salzburg; candidatando-me; enquanto esperava a resposta; fui adiantando os papeis junto ao consulado, uma lista enorme onde asseguram-me que eu precisava sair do Brasil, com o visto; o que não é na verdade na prática. Você só entrega os documentos solicitados e recebe o visto aqui, na Áustria. Essa parte é bastante confusa e demorada. Eu recomendo muita atenção do candidato.
Mais dificuldades?
Sim, as taxas. Tive que pagar uma taxa lá e depois a mesma taxa aqui. Agora vou ver se consigo recuperar o valor pago no Brasil.
Fale-nos sobre os cursos que você está freqüentando?
Não pré-planejei nada, não tinha informações objetivas das possibilidades.
Mas nosso grade de cursos pode ser vista meses antes pela Internet.
Isso eu não sabia. E tive dificuldades para escolher lá ainda no Brasil; pois quase tudo é em alemão.
A UFRJ reconhecerá as disciplinas aqui cursadas?
Sim, em cada Faculdade existe um professor responsável pela equivalência de curso. No meu caso, é o Prof. José Henrique da ECO – Escola de Comunicação.
Falemos agora sobre o turismo na Áustria. O que você já viu?
Naturalmente Salzburg, e tudo que se possa fazer a pé, por ex. a montanha “Kapuzinerberg” na cidade. Não visitei todos os museus porque estou esperando a visitada da minha família e alguns amigos e assim visitaremos juntos. Estive na montanha “Grossglockner” à convite da Elóide. Achei muito legal, principalmente o caminho que é muito lindo.
É idílico, não é?
Completamente. Com certeza voltarei lá com todas as minhas visitas! Quero ir a Viena, ao Tirol e tudo que puder da Áustria. Também gostaria de ir à Itália e Alemanha.
O que você acha que o intercâmbio lhe acrescenterá?
Uma outra cultura. Eu tenho um ano para ficar aqui, mas acho que será pouco, assim só quero viver o que for bom; já ouvi pessoas reclamando daqui. Até agora só posso elogiar, o que tenho visto me agrada, por exemplo, a educação e respeito do povo. São mais fechados e, é lógico, sinto falta do calor das pessoas do Brasil. Mas, particularmente, nada tenho a dizer até sobre isso, pois o convívio com o pessoal da faculdade tem sido muito caloroso!
Ok, Rafael! Bem-vindo mais uma vez e agradeço pela entrevista.
Eu é que agradeço!

19 novembro 2006

Não só estudos - Erasmus em Lisboa

por Michaela Baur

Por que estudar por um semestre ou dois em Lisboa? Para a maioria dos estudantes de Erasmus da Universidade Católica Portuguesa (UCP) a resposta era fácil: tiveram vagas. Primeiramente, muitos dos meus colegas de Erasmus queriam estudar num outro país como a Espanha ou a França, mas não conseguiram obter um posto. Assim, Lisboa era uma alternativa, a segunda escolha.
Não freqüentar os cursos, não estudar pelas provas, mas apesar disso receber boas notas – esta é a imagem comum ligada ao Erasmus. Esta imagem não corresponde à realidade da UCP, uma universidade privada e severa. A presença nos cursos é obrigatória, para cada curso se deve fazer duas provas – não há exceções por estudantes de Erasmus.

Mas Erasmus é muito mais que só estudo (há quem diga que é secundário). Lisboa oferece tanto para quem quer descobrir a cidade. Visitar os monumentos da cidade, fazer compras até a meia-noite no maior centro comercial da Península Ibérica, o Colombo, ou assistir a um jogo de futebol no estádio da Luz. Ir para o Cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa continental, “onde a terra acaba e o mar começa”, sair no Bairro Alto, encontrar os colegas para comer os pastéis de Belém e beber um galão, passar fins de sema

na inteiros na praia e visitar gratuitamente os museus todos os domingos. E quem estiver interessado em biologia marinha, não deve perder a oportunidade de ver o segundo maior oceanário do mundo. As atividades de lazer não têm limites.

Depois de um ou dois semestres de estada em Lisboa foi díficil para nós, estudantes do Erasmus da UCP, dizer adeus e partir. Mas prometemos para nós mesmos voltar para a cidade ao Tejo – uma cidade que merece ser a primeira escolha.

foto de Michaela Baur

De lá pra cá

por Alexandre Gabriel

Fui estudante do programa Erasmus e cheguei em Lisboa no 31 de Agosto de 2005 para ficar quase um ano. Esta experiência tem sido inesquescível pois era muito mais do que simplesmente estudar na universidade, era para aprender para a vida. No início, estás completamente sozinho: tens de encontrar novos amigos, entender a outra cultura e organizar muitas coisas, como, por exemplo, procurar um quarto, que, ao contrário da minha cidade, é muito fácil. Encontrei em menos de uma semana um bom quarto e podia, depois dos meus cursos, aproveitar as lindas praias. No início, descobri as praias que eram mais perto de Lisboa, como Estoril, Cascais e a Costa Caparica. Mais tarde, alguns amigos portugueses me mostraram a fantástica Costa das Maçãs ou a Praia do Guincho, que ficam perto de Sintra, ou as lindas praias do Alentejo, como a Zambujeira do Mar! A primeira vez que eu tomei banho no Atlântico foi um pequeno choque porque, como estava habituado a tomar banho no mar Mediterâneo, não esperava que era tão frio. Pensei que não havia diferença de temperatura com os nossos lagos em Salzburgo. Mas, com o tempo, habituei-me às temperaturas. Para mim, o mar era muito fascinante porque nós somente temos montanhas e lagos. Uma outra curiosidade eram os caracóis. Dava-me muito prazer comê-los acompanhados de uma cerveja, mas algumas amigas alemãs não podiam nem vê-los. Caracóis na Áustria e na Alemanha não são uma comida. São, para muitas pessoas, bichos nojentos. Uma outra grande diferença cultural é a vida nocturna. Em Portugal, as pessoas começam a sair a partir das duas da madrugada, antes, não se encontra quase ninguém nas discotecas de Lisboa. Na Áustria, a maioria vai para casa a essa hora.
O que me fascinou tanto foi o Alentejo: principalmente a vida simples e tradicional. Como eu conheci uma família alentejana, fui convidado para a festa de Páscoa, onde nós fizemos pão e polvo assado no forno. Gostei do Alentejo especialmente naquela época do ano: as colinas têm várias cores, porque tudo está a florescer!
Por isso, quero agredeçer a esta família portuguesa, que me não apenas me convidou na Páscoa, como também me mostrou tanto do cotidiano alentejano. Com a ajuda deles eu realmente entendi mais desta cultura maravilhosa!

04 novembro 2006

Dia Nacional da Língua Portuguesa

por Elóide Kilp

Depois da fundação do Museu de Língua Portuguesa em São Paulo em março deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva instituiu o Dia Nacional da Língua Portuguesa. A data escolhida para celebrar a língua portuguesa é o dia 5 de novembro, data de nascimento de Rui Barbosa, um dos maiores estudiosos e defensores da língua portuguesa e presidente da Academia Brasileira de Letras.