03 fevereiro 2010

Meu país: a Áustria


por Alexandra Jindrak - Curso de Português 2


A Áustria é um país muito lindo e pequeno no coração da Europa com cerca de oito milhões de habitantes. Tem nove estados que são muito diversos, eles se chamam Vorarlberg, Tirol, Viena, Estíria, Caríntia, Alta Áustria, Salzburg e Burgenland. Viena não é só um estado mas é também a capital e a cidade maior do país com cerca um milhão e meio de habitantes. Tem muita cultura, muitos museus e uma ópera, além disso, é famosa por seus cafés. As outras cidades austríacas são menores mas são também muito lindas e valem uma visita.
A Áustria oferece muitas possibilidades para a gente que gosta de praticar esportes. O país tem muitas montanhas para escalar ou caminhar e a natureza é lindíssima com muitas matas e lagos. No inverno os austríacos gostam de andar de esqui e muitos turistas querem aprender a esquiar na Áustria.
Os austríacos são um povo simpático, alegre, hospitaliteiro e acolhedor, mas são também um pouco céticos e lentos.
A Áustria não tem só uma natureza bela e muita cultura mas tem também uma gastronomia muito famosa. Quem é que não conhece por exemplo o bifé à viennense ou outros pratos típicos como crepes com marmelada de damasco ou bolinhos grandes de recheados com damascos ou ameixas. A Áustria é muito famosa por suas tortas e seus bolos por exemplo a “Sachertorte“ que é uma torta de chocolate com damasco. Então, que tal fazer uma visitinha à Áustria!

02 fevereiro 2010

O banco



por Anna Dölzmüller - Curso de Português 3


Era uma vez um banco num parque em Salzburg. Era antigo e a madeira pintada de vermelha já estava um pouco podre. O banco estava à margem dum lago, embaixo duma grande árvore. Era um parque pequeno, dentro da cidade, com muitas árvores, um lago e um caminho pela floresta que nos levava pelo parque. O único banco no parque era este banco vermelho. No inverno todo o parque estava coberto de neve, as árvores desfolhadas e o lago estava coberto de gelo. Parecia que o banco desapareceria em baixo do lençol de neve. Nesse tempo não tinha muita gente passeando pelo parque. Só um casal de namorados estava sentando no banco olhando aquele nevão. O parque ficava tranquilo- nem barulho nem movimento- só os flocos de neve caindo. Se podia sentir uma intimidade e carinho entre o casal embora eles não se conversassem. No próximo dia ainda se podia ver os rastros na neve que guiavam do banco até a entrada do parque.Na primavera as árvores já tinham algumas folhas e no chão cresciam as primeiras flores do ano. Só em baixo das árvores ficava um pouco de neve porque lá, ao lado do banco, havia sombra. Todos os dias um velhinha vinha ao parque. Ela se sentava no banco e ficava observando as flores lilases entre a neve branca. Às vezes ela passava horas a dar de comer aos patos que estavam nadando no lago. Ao contrário do casal, a velha parecia triste e sozinha. Uma inquietação parecida com as folhas palpitando na brisa.No verão o parque era um lugar onde se podia descansar à sombra das árvores e gozar da tranquilidade e da paz. Cada segunda-feira, das duas até as três horas, vinha esse homem. Ele usava um traje e passava o intervalo da hora do almoço lá no banco vermelho. O homem trabalhava numa empresa grande. Era advogado. Durante o dia, ele parecia ser um homem forte e imponente. Nas audiências de processo ele era o grande advogado que ganhava sempre todas as causas, em casa, ele era o marido que trazia o dinheiro e para seus amigos ele era o rapaz que tinha tido sorte. Mas lá, nesse banco, ele só era um homem que gostava de observar os patos no lago. Aqui ele se sentia livre de compromissos. Todo o dia ele estava bem ocupado, mas nessa hora ele adorava estar sozinho- só ele e a natureza.O tempo mais bonito no parque era no outono quando as árvores perdiam suas folhas e a floresta aparecia em tons de vermelho e marrom. O sol já não era muito forte e, às vezes, quando chovia, as folhas ficavam coladas no banco. Naquele momento, podia sempre sentir uma brisa leve que deixava as folhas balançar no ar. Muita gente vinha ao parque para passear, descansar e observar os patos mas ninguém queria se sentar no banco porque nesse tempo o banco ficava tão lindo- encoberto em folhas avermelhadas e marrons. O banco não era só um banco- era uma parte deste parque.