20 junho 2011

A imagem como espelho de uma perspectiva

por Alexandra Jindrak


Uma imagem diz mais do que mil palavras. Como todos os provérbios, esse também tem uma base verdadeira, sabe-se que as imagens ficam gravadas na memória e que são universais, porque cada pessoa pode entendê-las, enquanto cada um tem o próprio modo de interpretá-las.
Cada dia vemos milhões de imagens, de fotos, de cartuns e de desenhos, mas não podemos lembrar tudo, só algumas são salvas eternamente no cérebro. O papel importante da imagem cresce cada vez mais e é sempre mais reconhecido, por exemplo, na escola, onde os professores tentam individualizar as aulas para os quatro tipos de aprendizagem, um desses tipo é o tipo visual.
Além de ilustrar, decorar ou chamar atenção, as imagens podem também manipular construindo, por exemplo, uma opinião sobre pessoas. Por um lado, cada pessoa tem o seu próprio modo de ver uma imagem e influencia assim o resultado do processo, por outro lado, tem a pessoa que faz uma foto ou um desenho e que escolhe o que mostrar. Não é possível mostrar tudo, por isso, antes de começar, tem-se de fazer a decisão como mostrar alguém e qual parte dele. Por causa da tecnologia moderna, uma imagem pode também ser manipulada mais tarde no computador, embora não seja mais possível mudar o momento e a parte da cena escolhidos pelo produtor.
Um exemplo da manipulação de imagens para construir uma certa impressão são as fotos de modelos e atores famosos que servem para criar o mito das pessoas perfeitas, superiores a todas as outras. Muitas vezes, por exemplo, no caso de fotos de políticos publicadas nos jornais, a imagem que se queria construir depende muito da perspectiva da mídia, da sua posição política. Se um jornal quer promover a candidatura de um político mostra só as fotos positivas, enquanto os outros podem também publicar as imagens mais criticas.
Na vida tem-se de escolher e fazer decisões continuamente e as imagens fazem parte desse processo. O grande poder das imagens é um tesouro, mas é preciso que também se pense nos riscos, por exemplo, quando são usadas na propaganda. É importante desenvolver uma perspectiva crítica e considerar sempre que não representam a verdade, mas só um extrato e uma perspectiva bem escolhida com uma intenção precisa.


Este texto foi redigido na aula de Competência Escrita.

Gato na chuva



por Alexandra Jindrak






Pingos, pingos e mais pingos.
As nuvens negras e cheias de água perdem a sua bagagem,
ela cai na terra e corre até os lagos, dos rios até ao mar.
Fazem viagens grandes e às vezes queria fazê-las também.
Quando chove, o céu chora.

Pingos, pingos, pingos.
A natureza pode matar a sua sede,
as plantas podem beber quanto querem e precisam.
A água restante pinta poças, pequenos quadros e espelhos no chão.
Quando chove, o céu nos dá água para beber.

Pinga, pinga, pinga.
Gosto do leitinho que o meu dono me dá,
do calor da casa e das pessoas que cuidam de mim,
são como um guarda-chuva colorido que me protege.
Quando chove, não tenho de ter medo da solidão.

Pingos, pingos, pingos.
As lágrimas que choram quando não volto em casa,
o meu espírito livre que me obriga a sair
de vez em quando com o sol que sorri.
Quando chove, sinto a saudade da natureza e o amor que me contorna.